segunda-feira, 28 de julho de 2008

Muito legalllllllllllllllll

Vale a pena conferir!!

File

Ficha de inscrição: http://www.file.org.br/file2008_sympinsc/cadastro_port.php

Má Palas
O próximo verão e suas tendências

Por Mário Lemes

"Tome cuidado pra não usar tudo de uma vez só, e cair no ridículo. E lembre-se: quem faz o estilo é você!"

Terminaram há alguns dias as duas semanas de moda mais importantes do país: o Fashion Rio e o São Paulo Fashion Week. As grifes nacionais se desdobraram ao máximo para tentar criar, ou tentar prever, as tendências para a próxima temporada de verão. Muitas coleções deixaram um pouco a desejar, e muita coisa que foi chamada de "tendência" causou desânimo. Mas algumas marcas se destacaram bastante e houve peças que foram realmente "must".
Como é de se esperar em qualquer desfile atual, e como eu falei no meu último artigo, são inevitáveis as referências a algum período do passado. A queridinha da vez foi a década de 70, com um pequeno restinho de 60. Mais precisamente, movimento hippie, contracultura e tropicália foram as temáticas retrô que mais marcaram dessa vez.
Nessa onda "riponga", uma característica bem marcante e comum a vários desfiles, foi a presença do tie-dye[1] e o degradê que fizeram muito sucesso na década de 60 com o movimento hippie.
Outra prova dessa referência foram as calças boca-de-sino que apareceram bastante, o que, há um ano atrás, parecia muito improvável. E lembra das skinnies? Sumiram de vez! As pantalonas e outras bocas largas prometeram mais. Outra característica muito vista nas calças foi o cavalo baixo. Pra quem não sabe, cavalo é a parte dos quadris, e quando se diz que a calça tem o cavalo baixo, é porque a parte entre as pernas é prolongada além do normal, muitas vezes chegando aos joelhos. Essas calças também são conhecidas como sarouel[2]. A barra afunilada com comprimento até a canela também marcou presença. Os vestidos apareceram como peça-chave de novo e, dessa vez, em vários modelos: fluídos e esvoaçantes, na altura dos joelhos, tomara-que-caia, longo, micro, com cores vivas, com cores escuras, etc. Os curtinhos e com volume de estações passadas, aparentemente vão continuar reinando.
Os babados, que há algum tempo foram excomungados das passarelas, dessa vez apareceram em peso. E, pelo que parece, será uma forte tendência, e algo no qual investir.
Na estamparia apareceu florais, óbvio. Aliás, não há nada mais clichê que floral no verão, né? Mas pra surpresa (ou não) de todos, o xadrez apareceu bastante de novo, e muitos especialistas em tendências disseram que ele vai continuar no verão. Coisa rara, já que xadrez é a cara do inverno.
Outra coisa óbvia, que apesar de tudo é bem legal, é a moda navy[3], aquela que faz alusão a marinheiros e navios, com listras, com azuis, vermelhos e muito branco. Está presente em várias temporadas de verão já há alguns anos.
Desfiles à parte, na hora de montar o guarda-roupa das próximas estações quentes (e de qualquer outra), tem-se que ter uma coisa em mente: usar SÓ tendências é cafona. E usar qualquer coisa que NÃO COMBINE com você, com seu estilo, ou com seu corpo, é pior ainda.
O que as grifes apresentam nesses desfiles é apenas uma prévia do que vão vender nas lojas na estação seguinte. As características em comum em vários desfiles podem ser classificadas como tendências, apesar de que, em alguns casos, elas não "pegam" de verdade.
Estar antenado na Moda é sempre bom, conhecer as tendências também. Mas vá com calma: escolha bastante o que vai comprar para não se arrepender. E não se esqueça de que existem peças atemporais, que nunca precisam ser deixadas de lado. Por exemplo, as skinnies que quase não foram vistas nos desfiles. Ninguém é obrigado a usar boca-de-sino. Se você tem afinidade com as calças de boca justinha, ou reta, pode continuar usando sem problemas. E não é todo mundo que faz o estilo hippie pra sair usando tie-dye, até porque muitos não o acham elegante. Então, só use se você achar que realmente tem a ver com seu estilo.Dicas para investir? Uma pantalona, algo listrado e algo xadrez que dê pra ser usado no verão, vestidos do jeito que você achar melhor, coisas com cores vivas (azul será a queridinha) e talvez um colete também seja interessante. Dá pra sair garimpando as liquidações de fim de inverno, porque muita coisa prevalecerá. Antes de mais nada, analise o seu gosto, o seu corpo, as ocasiões que você usará cada roupa, etc. Pode investir em tendência, sim! Elas são bem acessíveis e você encontra fácil. É legal estar antenado. Só tome cuidado pra não usar tudo de uma vez só, e cair no ridículo. E lembre-se: quem faz o estilo é você! :)

[1] Tie-dye em inglês significa Tingir e Amarrar. A técnica de tingimento surgida em meio ao movimento hippie do final dos anos 60, que buscavam "materializar" a pscicodelia do LSD em tudo: nas músicas, nas paredes e até nas roupas. Aquela técnica em que você pega uma camiseta branca, amarra algumas partes aleatoriamente com barbante ou elástico e coloca no banho de tintura. [vide foto].
[2] Em outras palavras, a calça sarouel é aquela que aparenta ter um excesso de pano no meio das pernas. [vide foto]
[3] Navy em inglês quer dizer "marinha". A referência ao estilo dos trajes dos marinheiros é marcante nas temporadas de verão há bastante tempo. As listras são a grande marca. [vide foto]

Mário Lemes é articulista de Moda do site:http://www.revistamirabolante.com.br/

sexta-feira, 11 de julho de 2008



CENTRO CULTURAL SESI VILA LEOPOLDINA
PROMOVE OFICINA DA PALAVRA

Nos dias 14 e 15 de julho, a partir das 14 horas, a artista plástica Isa Bandeira ministrará duas oficinas sobre a construção de imagens.
A entrada é franca e as vagas são limitadas.

Em 14 e 15 de julho (segunda e terça-feira), das 14 às 17 horas, o Centro Cultural SESI Vila Leopoldina promoverá, gratuitamente, duas oficinas de construção de imagens, sob orientação de Isa Bandeira.
A proposta é ter contato com o processo artístico pelo olhar das artes plásticas. E, para isso, as atividades serão divididas em três etapas e os participantes poderão formar grupos. Primeiro, os participantes criarão palavras, sob o estímulo da cor vermelha e de seus significantes, a partir de um número limitado de letras do alfabeto disponíveis. Depois, selecionarão figuras recortadas aleatoriamente de revistas, anúncios e jornais para relacionar aquelas palavras com as imagens e, por fim, transformar as idéias em algo mais concreto e visual por meio da técnica da colagem – individual ou coletivamente. Este processo criativo é importante para o participante entender a dinâmica do trabalho, empregar uma técnica e sentir e fazer uso da sua criatividade; e o resultado é arte. Por fim, os grupos conhecerão uns os trabalhos dos outros e trocarão experiências. Neste momento, a orientadora falará sobre a importância da pesquisa e mencionará cerca de 10 artistas, que integram o acervo da Gibiteca SESI.
Para Isa Bandeira, a interação é papel fundamental na criação de um repertório imagético.


Sobre a professora

Isa Bandeira é arquiteta e urbanista especialista nas áreas de planejamento urbano e ambiental, incluindo a docência de desenho de arquitetura.
Graduada em pintura, pela Escola de Belas Artes, Universidade Federal do Rio de Janeiro, ela representou o Brasil, recentemente, como artista plástica na Bienal de Arte Contemporânea, em Moçambique (África) e em exposições no Centro Cultural da Caixa Econômica, nas capitais fluminense e paulista.
Atua, ainda, na produção pedagógica de oficinas de artes para crianças, adolescentes e adultos em centros culturais e ONGs.


Serviço:
Oficina da Palavra
Local: Centro Cultural SESI Vila Leopoldina - Rua Carlos Weber, 835 – Vila Leopoldina
Data e horário: dias 14 e 15 de julho (segunda e terça-feira), das 14 às 17 horas.
Entrada: Franca – inscrições a partir de 1º de julho
Recomendação etária: a partir de 10 anos
Vagas: 20 alunos por dia - limitadas
Informações: 11 3834-5523 / 3832-1066 ramal 1180 / centroculturalsesi@sesisp.org.br

Má Palas

terça-feira, 8 de julho de 2008


É nesse final de semana, vale a pena conferir!
: )


Má Palas

Vale a pena fazer esta seleção.
Má Palas

terça-feira, 1 de julho de 2008

Como vovô já vestia...

Texto de Mário Lemes

“Chegamos num tempo em que tudo parece que já foi criado!”


Aquela idéia de que tudo (só) evolui às vezes é duvidosa. Principalmente no mundo da Moda.
Tudo bem que as sandálias que os egípcios usaram pra proteger os pezinhos no deserto acabaram “virando” Manolos e Louboutins[1] cobiçadíssimos, e que a calças jeans foram se modelando ao longo do tempo de acordo com o perfil de cada época. E tudo bem também que não dá pra se viver de passado, e que sempre é bom buscar coisas inusitadas, tanto na Moda como em qualquer outro tipo de criação.
Mas temos que admitir: chegamos num tempo em que tudo parece que já foi criado, todas as mudanças parecem que já foram feitas, e todas as revoluções parecem que já aconteceram. As mulheres já se vestiram de mulheres, já se vestiram de homens, já se vestiram com bichos. Os homens já foram pra guerra, já voltaram, já usaram maquiagem, já pararam de usar. Os jovens já espetaram o cabelo, já cortaram, já deixaram crescer de novo. Dá a impressão que não existe mais nada pra mudar. Mas o anseio natural do ser humano de criar coisas novas não deixa isso ficar assim. E aí, começamos a reaproveitar e transformar tudo aquilo que já foi criado e surge uma forte (e duradoura) tendência fashion: vestir elementos que remetem ao passado. Em outras palavras, ter um estilo retrô ou, pelo menos, usar algumas peças do vovô de vez enquando.
A tendência da Moda Retrô está cada vez mais presente nas ruas e nos guarda-roupas das pessoas. É só prestar atenção e ver que muita gente voltou a usar suspensórios[2], que muitos óculos parecem que foram trazidos dos anos 80, e que tem muito velhinho fashion por aí. Eu já estou me acostumando a ver um vovozinho na rua e ter uma vontade enorme de perguntar quanto ele quer naquela boina que ele está usando.
Outro dia eu fui na Chilli Beans[3] ver se ainda tinha um certo modelo de óculos, que eu comprei há um tempo, e a moça que trabalhava lá me disse que não, que os modelos retrôs estão acabando muito rápido. Chegam na loja, e evaporam em segundos.Sem falar das várias buscas por brechós na internet, pela multiplicação deles em sites como o Orkut e o Flickr. Os donos de brechós estão percebendo o grande negócio que têm, e que anunciar na internet é uma ótima forma de divulgação. Muita gente compra, mesmo!
As pessoas querem vestir coisas de décadas (e até séculos) passadas, querem inovar o visual com elementos antigos. E, pode soar contraditório mas, isso é uma tendência muito interessante!
E comprar roupa em brechó[4] é mesmo uma ótima idéia. Neles, além de peças vintages pra compor seu look, você acha roupas de grifes por um preço bem mais acessível que o original e, claro, com a mesma qualidade.
É importante esclarecer o significado de termos como vintage e retrô. Ambos são utilizados para designar as mesmas coisas, mas há um pequeno equívoco aí: vintage é aquela peça de brechó, ou aquela peça que você pegou no guarda-roupa da sua avó, que foi produzida em um tempo passado e você usará agora, no seu look contemporâneo. Já retrô é a peça que foi produzida agora, em coleções atuais, mas que tem um design que remete a épocas antigas. As duas coisas são muito legais e, quando você usa qualquer uma delas, tem o mesmo objetivo: misturar o antigo e o contemporâneo pra tentar criar um visual diferente.
Como não dá mais pra ficar esperando coisas novas serem criadas, o legal (e fashion) é mesmo sair reaproveitado as peças, o design e os conceitos dos estilistas do tempo dos nossos avós. A coisa mais difícil de se ver hoje em dia é um desfile de alguma coleção que não tenha influência nenhuma de alguma década passada. Chegamos num ponto em que isso é inevitável. Então, não hesite em vasculhar o baú do seu avô, nem em comprar um wayfarer[5] no próximo verão. Seja retrô, pelo menos um pouquinho. Você pode!


[1] Manolo Blahnik e Christian Louboutin. Dois dos designers de calçados super cobiçados pelas mulheres. O primeiro é tradicionalmente excêntrico. O segundo, é relativamente novo no ramo, mas já faz pequenos sonhos de consumo. O solado vermelho é a grande (e sensualíssima, diga-se de passagem) marca dos sapatos Louboutin.

[2] Acessórios claramente ligados a coisas antigas, pessoas mais velhas, etc, o suspensório reapareceu como elemento fashion em 2004, num desfile da Dior. Mais recentemente, Victoria Beckham apareceu de usando suspensórios na capa da edição americana da revista Elle.
[3] A Chilli Beans é uma rede popular de lojas de óculos escuros. Os modelos são bem interessantes e os preços, acessíveis. Confira mais no site: www.chillibeans.com.br

[4] Uma rápida lista de brechós em São Paulo:Brechó Sem CriseAl. Ministro Rocha Azevedo, Cerqueira CésarTel.: (11) 3088-0527Mancebo Café DesignAlameda Casa Branca, 604, Jardim PaulistaTel.: (11) 3884-8328.Passado PresenteRua Augusta, 2690, loja 16, Galeria Ouro Fino, Jardim PaulistaTel.: (11) 3081-6253Cristal BrechóRua Mourato Coelho, 560, Vila MadalenaTel.: (11) 3032-5200Troço sem TraçaRua Fidalga, 417, Vila MadalenaTel.: (11) 3812-1367BreshopRua Gaivota, 1290, MoemaTel.: (11) 5543-6555Trash ChicRua Professor Carlos de Carvalho, 95, Itaim BibiTel.: (11) 3167-4331Minha Avó TinhaRua Doutor Franco da Rocha, 74, PerdizesTel.: (11) 3865-1759E um link do Orkut, de uma comunidade, pra quem não mora em São Paulo e quer procurar um bom brechó:http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=515381

[5] Wayfarer é um modelo de óculos criado pela Ray-Ban nos anos 50 que se tornou o mais usado de todos os tempos. Ícones da música sempre são vistos usando os tais óculos.



Mário Lemes é articulista de Moda do site:http://www.revistamirabolante.com.br/