terça-feira, 25 de março de 2008

Momento do Nada

Texto de Má Palas


Recentemente venho escrevendo setes vezes mais do que normalmente produzuo, não que eu ache ruim - ao contrário - sei que tenho uma inquietação naturalística de ter que transcorrer palavras e pensamentos para o papel a fim de sossegar o encéfalo.
Só que isto também está me proporcionando resultando, em uns dias, de total ausência de reflexões contrabalanceando com uma infinita ânsia de quer escrever mais e mais...
Começo a questionar qual é o papel real do escritor no mundo? Será que se eu me declarasse como escritora e, por acaso, alguém pagasse por um artigo de minha autoria, como reagiria se tivesse em uma dessas crises auto denominada: Momento do Nada? Aonde que filósofos, músicos, escritores e artistas se encontram, ou não, para difundir sua arte? E mais quem atreve a entender isto tudo; esta declarada loucura de querer que outrem entenda, ou não, suas divagações cerebrais e carnais porque simplesmente juntou um monte de letras, palavras e o está conduzindo em uma forma estrutural de pensamento?
Sabe-se que tudo tem um comportamento primordial, aquela raiz inconsciente da humanidade (nos dirigindo um pouco para o campo da psicologia ao citar umas das teorias freudianas) com uma dose bastante experimental daquilo que implica na fase de deixar fluir o que está sendo carregado dentro de um Ser. Aqui eu posso até dar exemplo do que é um dos métodos mais recorrente dos filósofos para conscientizar um possível postulado.
Vemos também muitos artistas e principalmente musicistas, arranjadores e interpretes assim como atores com o seguinte relato:
- Ah, eu senti a essência da música! Veio em minha mente um sentimento e eu criei isto que estou a ofertar ao público.
Ou ainda, temos a seguinte opção:
- Ah, depois que minha mãe morreu fiquei um ano sem compor e só agora consegui voltar a minha rotina de trabalho.
Pois bem... Vejo que todos somos humanos com suas crises existências e de identidades, mas será que alguém poderia me auxiliar como que alguém que quer muito escrever mas o fluído das idéias não lhe auxiliam? Não quero encontrar um estilo porque meu estilo é não ter estilo, gosto de transitar em vários mundos e viés com a escrita; prosas românticas, poesias e digressões filosóficas. Fico a questionar: será que quero mesmo escrever, ou, meu Ser está a brincar de "torna-te uma mentirosa escritora"? Será que ler alguma biografia ajuda? Alguém indica? Faço de tudo para ter minhas idéias de volta! Ahhhhhhhhhhhh.....
Tento percorrer esta falta de conhecimento do universo e até de autoconhecimento examinando esta alegoria sem me impregnar muito dela, visto que uma vez encontrado a solução desta charada sempre haverá outro charada oriunda da anterior e, com maior falta de informação e dificuldade, para ser solucionada.
A informação é poder, só que se ela não tiver alguma interação real difundida através da comunicação entre os humanos, ela perderá todo seu poder e status.
Talvez aí seja a estrutura da comunicação e do desenvolvimento do homem no mundo, podendo até citar que isto se difunde em forma de fala. Enquanto isto, carrego comigo o desconhecido sentimento real de estar sem idéias para um possível texto sem ter um fator dominante, sentindo como se fosse o bum do começo do universo citado pela nossa vão filosofia tradicional.

Má Palas
A orquestração poética de vozes múltiplas.

2 comentários:

mario lins disse...

Vc comete muitíssimos erros de gramática. Não existe um revisor de texto nessa bagaça?
PRODUZUO?
Que é isso?
Não seria PRODUZO?
Erros de lingua são imperdoáveis.

Unknown disse...

;)